sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Capítulo 2 - O Começo (Terceira Parte)

Geeente, desculpa, eu não esqueci daqui, é que eu tive problemas (o que significa: minha mãe me deixou de castigo). Mas então, vamos a continuação do capítulo:

    - Vai doer né?
    - Claro que não, só a anestesia.
   E de novo, droga.
    - Ta. Quem vai me levar?
    - Provavelmente o Reinaldo.
    - Ah não! Ele é muito chato. Eu já vou sofrer tendo que levar ponto, e com ele reclamando no meu ouvido eu vou sofrer mais ainda!
    - Não reclame mocinha. Vamos, vou avisar a diretora Jeniffer.
    - Droga!
   Eu fui com ela. Infelizmente. Mas uma na listinha que eu não gosto. Diretora Jeniffer. Aquela mulher era insuportável!
   Fomos descendo as escadas, a diretoria ficava no primeiro andar.
   E todo mundo rindo da idiota que andava pelo corredor com a enfermeira Marta como babá e com gazes na mão limpando o sangue da testa.
   Chegando lá, Marta bateu na porta. Ouvimos a voz da diretora Jeniffer falando algo como “Ta aberta”. Um “Entre” seria mais aconchegante.
   - Olá Margarett Prince. O que faz aqui de novo? – perguntou a vaca.
    Eu era conhecida pelo colégio inteiro. Infelizmente. Principalmente pelos funcionários. Minhas notas sempre foram ruins e eu era meio bagunceira.
    Como eu digo para Beca, nosso maior erro é colocar “meio” antes das palavras.
    Mas cara, será que estava difícil de ver o que estava acontecendo? Eu estava com gazes cheias de sangue na testa! O cumulo da ignorância era aquela mulher. Cruz credo.
     - Ela fez um corte na testa e precisa levar ponto. Precisamos levá-la até o hospital. – disse Marta.
     E eu lá, quietinha soltando faíscas com os olhos pra aquela mulher. Se olhar mortal matasse...
     - O Reinaldo pode levá-la com o carro dele.
     - Ta, então o plano de saúde da escola cuida disso né? – perguntou Martinha (não me pergunte o porquê do “inha”)
     - Claro você acha que a gente paga ele pra que? – ironizou Jeniffer.
    Vontade de socar aquela vaca! Ninguém falava assim com a Martinha. A Martinha era legal, já a Jeniffer nem um pouco.
     - Ok, então. Vou chamá-lo.
     - Não precisa. Eu ligo pra inspetoria e ele desce.
     - Ta.
    Saímos da sala dela.
     - Querida, espere na secretaria que o Reinaldo já vem.
    Entrei na secretária enquanto ela subia. Sentei e fiquei olhando para o nada.
    Vinte minutos depois, chega o Reinaldo. E sim, eu cronometrei, o tédio faz isso com as pessoas.
     - Vamos.
     Fomos até o hospital, cheguei lá, fiquei mofando umas três horas.
     Enquanto isso, o pessoal da escola ligava para ele toda hora. Afinal, era o inspetor-chefe, a escola precisava dele.
     Entramos na sala onde tinha um médico assustador. Ou enfermeiro, sei lá. Só sei que o tal ser humano (se é que aquela coisa era humana) dava muito medo.
     Ele me deu a anestesia na testa! Doeu muito! E é claro, eu dei gritinhos, fiz escândalos, etc. E o Reinaldo rindo de mim. Já sabia que no dia seguinte ele ia espalhar isso para todo mundo da escola, como se fosse uma garota sem-mais-o-que-fazer fofoqueira da escola. Como eu odiava funcionários que não tem nada haver com a sua vida espalhando fofocas. E alunos também.
    Mas no fundo eu sabia o que realmente eu era, e não podia reclamar do Reinaldo.

Domingo eu posto mais.
Espero que gostem, beijos <3

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